O governo de Moçambique pode contrair empréstimos comerciais no montante máximo de 900 milhões de dólares até 2016 para o financiamento de projectos de construção e/ou desenvolvimento de infra-estruturas aeroportuárias e dos recursos energéticos, noticiou o jornal moçambicano Correio da Manhã.

Citando um acordo celebrado entre o governo de Moçambique e o Fundo Monetário Internacional, o jornal adianta que parte daquele tecto foi já utilizado com a contracção de dois empréstimos no montante conjunto de 146 milhões de dólares, estando a ser estudado um terceiro, a ser utilizado no aumento da capacidade de processamento de carga no porto da Beira e na construção da linha de transporte de energia eléctrica Centro-Sul.

Nos termos do acordo assinado entre o FMI e o governo de Moçambique para um período de três anos, a instituição financeira adianta que o recurso das autoridades moçambicanas aos empréstimos comerciais deverá aumentar mantendo-se, no entanto, coerente com a estabilidade macro-económica e a sustentabilidade da dívida pública.

O FMI informa ainda que o financiamento de outros grandes projectos de infra-estruturas está a ser considerado e, dada a sua grande dimensão, o nível de endividamento comercial do Estado moçambicano pode aumentar rapidamente para um valor próximo do limite máximo do programa, de 900 milhões de dólares.

No referido acordo, o governo de Moçambique reafirma o compromisso de modernizar a gestão da dívida e dos procedimentos relativos à selecção dos projectos a serem financiados estando a ser elaborada com o apoio do FMI e do Banco Mundial a estratégia de dívida de médio prazo e a segunda análise da sustentabilidade da dívida para a sua aprovação pelo Conselho de Ministros no decurso do primeiro semestre de 2012. (macauhub)