As relações entre Angola e a China constituem uma alavanca para o desenvolvimento sócio-económico da África Austral, afirmou terça-feira, em Benguela, o vice-governador provincial para a área económica, Agostinho Estêvão Felizardo.

De acordo com a agência noticiosa angolana Angop, Estêvão Felizardo, que recebia o vice-ministro do Comércio da República Popular da China, Li Jinzao, em representação do governador de Benguela, Armando da Cruz Neto, disse que os acordos bilaterais assinados com a China há cerca de quatro anos permitiram o processo de reconstrução de Angola, “que é hoje uma realidade.”

Referindo-se aos caminhos-de-ferro de Benguela, reconstruído com com base no acordo China/Angola, o vice-governador salientou que têm um impacto nacional e regional pois, além de transportar pessoas, transporta igualmente mercadorias tanto para o comércio como os outros sectores da actividade económica.

Por outro lado, o investimento que está a ser feito no porto do Lobito vai acelerar ainda mais a economia da região, sendo que na infra-estrutura estão a ser aplicados desde 2010 cerca de 120 mil milhões de kwanzas (1253 milhões de dólares) para, com recurso a mão-de-obra chinesa, modernizar e ampliar tanta a ponte-cais, que passará a poder receber 12 navios em simultâneo contra os 8 actuais, além dos diferentes terminais, nomeadamente de minérios.

Por seu turno, Li Jinzao salientou que a sua deslocação a Benguela pretendia aprofundar a cooperação bilateral e promover a cooperação nos domínios do comércio, investimentos e formação de recursos humanos.

O vice-ministro chinês e comitiva, acompanhados do secretário de Estado dos Transportes de Angola, Mário Dominguês e de Agostinho Estêvão Felizardo, visitaram o terminal de contentores do porto comercial do Lobito e o terminal mineiro, localizado na zona do Lobito Velho, assim como o porto seco, e ainda no município da Catumbela a base logística da empresa chinesa China Rail que está a reconstruir a linha de caminho-de-ferro. (macauhub)