A comercialização de algodão em Moçambique vai prolongar-se para além do período normal a fim de garantir o escoamento da produção que ainda se encontra na posse dos camponeses, disse terça-feira em Maputo o ministro da Agricultura.
Citado pelo diário Notícias, de Maputo, o ministro José Pacheco disse que existem ainda por escoar das mãos dos camponeses 14 mil toneladas de algodão caroço, sendo a província de Cabo Delgado a que mais algodão ainda tem por escoar, cerca de sete mil toneladas, seguida da do Niassa com cinco mil toneladas e da de Sofala com duas mil toneladas.
Habitualmente, a comercialização do algodão em Moçambique termina na primeira quinzena de Novembro, mas este ano, devido a uma produção recorde, o processo de compra deverá ser alargado para finais deste mês nas províncias de Nampula e Cabo Delgado e até meados de Dezembro para a província do Niassa.
A previsão para a campanha prestes a findar apontava para 84 mil toneladas mas as mais recentes avaliações indicam uma produção recorde que poderá atingir 150 mil toneladas, a maior produção alcançada desde a independência de Moçambique em 1975.
As boas condições agrícolas e climatéricas, o aumento das áreas de cultivo e a introdução de sementes melhoradas são alguns dos factores que contribuíram para o aumento da produção do algodão. (macauhub)