Angola pretende vir a produzir anualmente 25 milhões de toneladas de alimentos entre cereais, grãos e tubérculos, afirmou em Pequim o director do Gabinete de Estudos e Análises do Ministério das Relações Exteriores, Francisco da Cruz.
No decurso de uma conferência comemorativa do 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre Angola e a China, o embaixador Francisco da Cruz disse que aquele montante inclui 20 milhões de toneladas de mandioca, 2,5 milhões de toneladas de cereais, 1,5 milhões de toneladas de batata e 1 milhão de toneladas de grãos (feijão, amendoim e soja).
Numa comunicação essencialmente focada ao desenvolvimento e combate à fome, Francisco da Cruz adiantou perspectivas que indicam a redução da importação de leite até 15% e a expansão do seu consumo e a produção no país de 60% das necessidades internas de carne de frango e de 50% de carne ovina, caprina e bovina.
Citado pela agência noticiosa angolana Angop, o embaixador salientou que esse aumento da produção agrícola assentará no fomento de parcerias público-privadas em projectos já identificados, tais como os agro-industriais de Capanda, Cubal e Quizenga.
Mencionou nomeadamente o plano de desenvolvimento de Camabatela, as explorações agrícolas da Cacanda, na província de Lunda Norte, da Cangandala e Pedras Negras, Agrícola de Desenvolvimento da Produção de Cereais no Vale do Longa, na província de Malanje, e a segunda fase de recuperação do Projecto Algodão. (macauhub)