A administração da Cimpor, cimenteira portuguesa controlada pelo grupo brasileiro Camargo Corrêa, aprovou uma operação de fusão das operações da Cimpor no Brasil com as da Intercement, empresa de cimentos do mesmo grupo que recentemente foi integrada na Cimpor, informou o grupo em comunicado.

“A fusão destas duas sociedades do universo Cimpor virá permitir a criação de valor conjunto, promovendo a captação de sinergias, levando a uma melhoria da eficiência operacional e da qualidade de serviço prestada ao mercado brasileiro”, informou a Cimpor num comunicado divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o regulador do mercado português.

A fusão acontece depois de o grupo ter informado que as avaliações bancárias aos activos alvo de permuta entre a Cimpor, a Intercement e a Votorantim implicam que a Cimpor pague 382 milhões de euros à Intercement como ajustamento pela troca de fábricas realizada no ano passado.

Segundo revelou recentemente a Cimpor, os estudos de mercado prevêem que o mercado de cimento no Brasil venha a apresentar um crescimento anual médio de cerca de 6% nos próximos 5 anos, suportado pelo dinamismo do mercado imobiliário, em especial devido à necessidade de superar o elevado défice habitacional no país e aos investimentos para dar resposta à sua histórica carência de infra-estruturas.

No Brasil, informou ainda a Cimpor, após a conclusão recente da nova unidade de moagem em Cubatão (800 mil toneladas na região de São Paulo), estão ainda em curso um conjunto de novos projectos, como sejam uma nova unidade de co-processamento em Ijaci – Minas Gerais (2013), uma fábrica na região norte do país (2016) e projectos em Apiaí – São Paulo (2013). (macauhub)