A reparação duradoura das linhas de caminho-de-ferro do Sena e do Limpopo custará pelo menos 263 milhões de dólares, dos quais 143 milhões serão despendidos na linha do Limpopo, afirmou o presidente da estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM).
Rosário Mualeia adiantou que a verba permitirá a realização de obras garantindo que as duas linhas de caminho-de-ferro manter-se-iam em funcionamento mesmo em caso de cheias semelhantes às registadas este ano.
Na linha do Limpopo as cheias causaram prejuízos estimados em 4,5 milhões de dólares, dos quais 3 milhões decorrentes do facto de os comboios não poderem circular e o restante em obras de emergência.
Na do Sena, por seu turno, os prejuízos foram mais elevados, cerca de 10 milhões de dólares, que à semelhança da do Limpopo incluem as obras de emergência e a impossibilidade de circulação dos comboios.
Nesta última linha, não foram adicionados os prejuízos sofridos pelos grupos mineiros Vale e Rio Tinto que se viram forçados a quebrar os contratos de fornecimento de carvão por absoluta incapacidade de efectuar o seu escoamento rumo ao porto da Beira para exportação.
Ao alegar na semana passada motivos de força maior para não respeitar alguns contratos, o grupo brasileiro Vale anunciou que os problemas na linha do Sena tinham impedido a subsidiária moçambicana de escoar até essa data 250 mil toneladas de carvão de coque. (macauhub)