Cabo Verde tem todas as condições para se constituir numa plataforma de serviços financeiros na África Ocidental, afirmou na cidade da Praia o presidente da sucursal do Banco Espírito Santo (BES) no arquipélago, Pedro Cudell.
Para assinalar o terceiro aniversário do Banco Espírito Santo Cabo Verde (BES-CV), a instituição promoveu uma conferência, no decurso da qual foi manifestada uma visão optimista do futuro do arquipélago, que apresenta como trunfos o facto de ser um país livre, democrático e “muitíssimo bem classificado” por instituições internacionais como o Instituto Mo Ibrahim.
De acordo com a agência noticiosa pan-africana Panapress, o presidente do BES-CV destacou ainda o facto de Cabo Verde ter “recursos humanos de excelente qualidade e um sistema financeiro equilibrado e muitíssimo bem tutelado pelo banco central.”
Ao intervir na conferência, o governador do Banco de Cabo Verde, Carlos Burgo, destacou o “importante contributo” que o BES Cabo Verde tem dado ao sistema financeiro cabo-verdiano, através, nomeadamente, da disponibilização de serviços a não residentes.
Neste sentido, ele considera que a entrada deste banco português em Cabo Verde constituiu “um sinal encorajador” e de confiança no sector financeiro cabo-verdiano, que terá ficado “mais forte”, sendo também que a presença do BES representa “uma oportunidade de serem exploradas as potencialidades dos mercados de língua portuguesa e da sub-região africana.”
O BES está em Cabo Verde desde 2006 através de uma sucursal financeira no exterior e em Julho de 2010 inaugurou um banco universal de direito cabo-verdiano, o BES-CV, com um capital inicial de 13 milhões de euros. (macauhub)