O Banco de Portugal reviu em alta marginal a sua previsão para o crescimento da economia portuguesa em 2013, que deverá contrair-se apenas 2% contra uma anterior previsão de uma quebra de 2,3%, de acordo com o Boletim de Verão terça-feira divulgado.

As razões para esta alteração têm a ver principalmente com a evolução das exportações, cuja previsão de crescimento foi revista em alta de 2,2% para 4,7%, que serão ajudadas por uma quebra menor do que o previsto na queda do consumo privado e do investimento.

No entanto, para 2014 o cenário é precisamente o inverso, tendo o banco central português anunciado agora uma previsão de um crescimento de 0,3%, menor do que a previsão de um retoma de 1,1% anunciada no anterior Boletim da Primavera.

Neste caso, a explicação está no facto de, agora, o Banco de Portugal ter passado a incluir nos seus cálculos as medidas de austeridade previstas para o próximo ano, em que o consumo privado, investimento e consumo público apresentarão um comportamento bastante mais desfavorável.

Apesar de a contracção da economia ser menos pronunciada do que o esperado, a situação do mercado de trabalho continuará a agravar-se durante este ano, estimando o Banco de Portugal uma redução do emprego de 4,8%, quando no Boletim da Primavera se apontava para uma quebra de 3,3%.

Embora o banco central não avance com estimativas em relação à taxa de desemprego, a OCDE anunciou igualmente na terça-feira que a taxa de desemprego em Portugal deverá este ano situar-se em 18,6%, uma décima de ponto percentual do que a previsão do governo. (macauhub)