O sector mineiro de Angola, com todo o seu potencial, pode vir a ultrapassar, em termos de impacto social, o sector petrolífero, disse quarta-feira em Luanda o ministro da Geologia e Minas, Francisco Queiroz.
No final do encontro que manteve com o ministro português da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira, o ministro angolano disse ainda que, contrariamente ao sector petrolífero, que é mais de capital intensivo, o sector mineiro gera muitos postos de trabalho, daí um maior impacto social.
Em termos financeiros, prosseguiu o ministro, a contribuição para o Produto Interno Bruto do sector mineiro deverá vir a assemelhar-se à do sector petrolífero, podendo mesmo vir a ser superior.
“Angola é um acidente geológico que tem muitas ocorrências mineiras cuja localização é ainda desconhecida mas o país tem praticamente todo o tipo de minerais” disse o ministro, citado pela agência noticiosa angolana Angop.
Dirigindo-se a Álvaro Santos Pereira, Francisco Queiroz salientou que a administração portuguesa possui muita informação geológica que interessa ao governo angolano e que neste momento se encontra nos centros de investigação geológica de Portugal.
Dizendo já haver suficiente tradição mineira em Angola para se encarar a possibilidade de empresários angolanos do sector mineiro investirem em Portugal, o ministro angolano disse que o governo angolano pretende cooperar com o português a fim de recuperar muita da informação geológica que se encontra em Portugal.
No encontro, disse Francisco Queiroz, foram igualmente abordados aspectos ligados à formação, um dos grandes desafios do sector, e Angola vai aproveitar o potencial que Portugal tem em termos de escolas, institutos e universidades para formar geólogos e outros técnicos. (macauhub)