O Ministério da Agricultura de Angola, em parceria com o da Indústria, elaborou um plano para o relançamento da indústria da madeira a fim de reduzir o actual défice de produção, afirmou na passada semana em Cabinda o ministro Afonso Pedro Canga.
Na abertura do Primeiro Encontro Nacional Sobre Inventário Florestal, o ministro da Agricultura e do Desenvolvimento Rural disse que o défice de produção está estimado em 400 mil metros cúbicos de madeira em toro, sendo objectivo deste plano reanimar o sector de corte e de transformação de madeira, através da criação de oportunidades e incentivos para empresários florestais.
O ministro disse ainda que as províncias do Cuanza Norte, Cabinda Uíge e Bengo são os principais fornecedores de madeira pesada, enquanto as províncias de Huambo e Benguela fornecem madeiras leves.
Adiantando que a taxa de desflorestação em Angola é actualmente de 0,2%, “número que embora não preocupante deve merecer a nossa atenção”, Afonso Pedro Canga salientou ser fundamental que Angola conheça com precisão científica e técnica os recursos florestais, onde se encontram e em que quantidade, a fim de ser possível geri-los de uma forma racional.
Angola tem uma superfície de floresta natural estimada em 53 milhões de hectares, o que corresponde a cerca de metade (43%) do território nacional e tem uma capacidade anual de corte estimada em 326 mil metros cúbicos de madeira, milhares de toneladas de carvão e lenha.
“Angola dispõe ainda de uma área de floresta plantada calculada em 148 mil hectares, com um potencial de exploração anual de 800 mil metros cúbicos de madeira”, referiu o ministro.
A elaboração do primeiro inventário florestal de Angola conta com a assistência técnica da FAO, o organismo das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação. (macauhub)