O governo de Moçambique vai continuar a negociar a supressão das taxas em que actualmente incorre na exportação de açúcar para a União Europeia, informou o ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga.
Dizendo que a negociação ocorre no âmbito dos acordos de parceria económica com aquele bloco e com os países do grupo África, Caraíbas e Pacífico (ACP), o ministro adiantou que Moçambique tem conhecido níveis de crescimento económico que permitem ter um excedente na balança comercial com alguns países da União Europeia, caso dos Países Baixos para onde Moçambique exporta mais do que importa.
“Embora exportemos apenas alumínio para os Países Baixos, acreditamos que com outro tipo de indústrias que interessem à União Europeia, nomeadamente a extractiva, poderemos, nos próximos anos, alterar a nossa situação e passarmos a diversificar os produtos de exportação, com ganhos substanciais para os operadores”, disse Inroga, de acordo com o matutino Notícias, de Maputo.
Após ter participado na abertura de um seminário sobre fomento do comércio entre Moçambique e a Suécia, o ministro da Indústria e Comércio disse que, no âmbito das negociações com a União Europeia, foi já assinado um acordo interino de parceria, havendo interesse em que seja rubricado, em breve, o instrumento definitivo, o qual deverá prever concessões e um apoio substancial daquele bloco, visando a apresentação prévia dos procedimentos que constituem barreiras às exportações de Moçambique.
Organizado pelo governo de Moçambique em parceria com a Embaixada da Suécia e o Conselho Nacional de Comércio da Suécia, o evento juntou representantes de diversas entidades do Estado envolvidas no comércio internacional, com o objectivo de assegurar que os procedimentos sejam harmonizados a partir de um conhecimento das regras e procedimentos para se exportar para não só para o mercado da SADC como para outros países. (macauhub)