As acções dos CTT – Correios de Portugal deverão ser admitidas à cotação a 5 de Dezembro próximo, de acordo com o prospecto da oferta pública de venda (OPV) terça-feira divulgado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o regulador do mercado.
No dia anterior haverá uma sessão especial para apurar os resultados da OPV, sendo que os interessados podem desde terça-feira e até 2 de Dezembro dar ordens de compra até um máximo de 25 mil acções cada a um preço que oscila entre 4,1 e 5,52 euros, de acordo com a decisão do governo português.
O Estado vai vender através da estatal Parpública – Participações Públicas 105 milhões de acções, escriturais e nominativas dos CTT, com o valor nominal de 0,50 euros cada uma, representativas de 70% do capital social da empresa.
Destas acções, 21 milhões representativas de 14% da empresa serão dirigidos a trabalhadores dos Correios de Portugal e ao público em geral.
Na venda directa institucional estão destinadas até 84 milhões de acções representativas de 56% do capital dos CTT a instituições financeiras, com a obrigação de estas promoverem a sua dispersão nos mercados nacional e internacional.
“A OPV é combinada com uma venda a um conjunto de bancos, composto pelo Caixa – Banco de Investimento, J.P. Morgan Securities plc, Banco Bilbao Vizcaia Argentaria e Banco Espírito Santo de Investimento, entidades que ficarão obrigadas a promoverem a sua dispersão nos mercados nacional e internacional”, pode ler-se no prospecto.
De acordo com a decisão do governo, o Estado vai manter uma participação de 30% nos CTT, durante 270 dias após a oferta pública de venda da empresa ou até 15 de Agosto de 2014.
Com esta operação de privatização, o Estado português vai obter um encaixe no intervalo entre 430,5 milhões de euros e 579,6 milhões de euros. (macauhub)