Classe média em crescimento ajuda a expansão económica de Angola

9 December 2013

A crescente classe média angolana vai ajudar a expandir os serviços bancários, comércio e telecomunicações em Angola, de acordo com um estudo da empresa Eaglestone, citado pela agência financeira Bloomberg.

A economia angolana cresce entre 5% e 7% este ano e no próximo 8,3%, apoiada por um aumento do crescimento em sectores não-petrolíferos, de acordo com o analista do escritório da Eaglestone em Lisboa, Tiago Dionísio.

A contribuição do sector petrolífero para o Produto Interno Bruto (PIB) caiu para 46%, quando era de 56% em 2002, escreve o analista, notando que “Angola tem sido bem sucedida a usar a mais-valia da alta do preço do petróleo para diversificar a economia”.

“Os petro-dólares levaram ao rápido desenvolvimento de outros sectores, reforçado pelo processo de urbanização e as aspirações de crescimento da classe média”, considerou.

A construção de infra-estruturas e outros equipamentos e serviços duplicou para 14% do Produto Interno Bruto na última década, disse Tiago Dionísio, enquanto o comércio cresceu 20% ao longo desse período, um crescimento que contou com a contribuição de apenas 30% da terra arável do país e telecomunicações, às quais apenas 12% da população tem acesso.

“O país tem um saldo fiscal positivo, baixa dívida pública, um nível mais confortável de reservas internacionais e inflação de um dígito”, notou Tiago Dionísio, acrescentando que “Angola está no bom caminho para cumprir a sua promessa de ser uma das mais fortes histórias de sucesso da África a sul do Saara.”

A Eaglestone, fundada em 2001, é uma plataforma de investimentos na África a sul do Saara com sede em Londres, dispondo de escritórios em Luanda, Maputo, Cidade do Cabo, Amesterdão, Lisboa e Nova Iorque. (macauhub)

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