Timor-Leste vai continuar a defender a construção de um gasoduto para a exploração do campo de gás Greater Sunrise, disse terça-feira na Austrália o ministro do Petróleo, Alfredo Pires.
No decurso de uma visita àquele país, o ministro timorense, além de dizer que Timor-Leste está preparado para dar início ao projecto de imediato, adiantou que com o gasoduto o campo pode ser explorado 365 dias por ano, comparado com os 320 dias possíveis numa plataforma flutuante, como defende a petrolífera australiana Woodside.
“As coisas não podem correr mal com as novas tecnologias e nós não temos dinheiro para queimar”, afirmou o ministro, acrescentando que o custo de um gasoduto é de 13 mil milhões de dólares e que Timor-Leste está disponível para contribuir com 800 milhões de dólares.
De acordo com a agência noticiosa Lusa, Alfredo Pires afirmou também que os estudos de engenharia para a construção do gasoduto vão ser divulgados no início de 2014.
A exploração do Greater Sunrise criou um impasse nas relações entre a petrolífera australiana Woodside e as autoridades de Timor-Leste, uma vez que a empresa australiana defende a exploração numa plataforma flutuante e Timor-Leste insiste na construção de um gasoduto para permitir desenvolver a costa sul do país.
O campo Greater Sunrise está situado a 150 quilómetros da costa sul de Timor-Leste e a 230 quilómetros da costa norte da Austrália. (macauhub)