Os instrumentos e o apoio financeiro aos empresários ao abrigo do programa Angola Investe ficaram abaixo do previsto para 2013, disse na passada semana em Luanda o ministro da Economia, Abraão Gourgel.
Segundo o ministro, citado pelo jornal angolano Expansão, as iniciativas de financiamento do Angola Investe funcionaram, ao longo de 2013, com um orçamento correspondente a apenas 33% do previsto, “tendo decorrido num ambiente adverso, de estagnação do crédito ao sector produtivo.”
Por sua vez, o valor disponibilizado para o Fundo de Garantia de Crédito (FGC), que deveria ter sido de 230 milhões de dólares, foi cortado em cerca de 80 milhões de dólares, tendo sido disponibilizados ao abrigo deste fundo apenas 50 milhões de dólares pelo Ministério das Finanças.
De acordo com o ministro, foram concedidas 94 garantias de crédito, por 11 bancos, num total de 9793 milhões de kwanzas, correspondentes a um montante de financiamento de 156,7 milhões de dólares, estando actualmente nove bancos a analisar diversos processos.
Uma outra estrutura criada no âmbito do apoio ao empresariado, o Fundo Público de Capital de Risco, foi concebido para ser financiado com 250 milhões de dólares mas, de acordo com o ministro, no Orçamento Geral do Estado para 2013 foram apenas incluídos 100 milhões de dólares, de que foram disponibilizados até ao momento 70 milhões de dólares.
Apesar dos cortes, o ministro manifestou-se satisfeito com alguns números que marcaram o Angola Investe em 2013, tendo afirmado que a “iniciativa de bonificação de juros é já o maior programa de apoio ao crédito lançado pelo governo. (macauhub)