Obras no Pólo Industrial de Lucala, em Angola, iniciam-se após remoção de minas terrestres

7 August 2014

As obras de construção do Pólo Industrial de Lucala iniciam-se mal fique concluída a operação de remoção de minas terrestres na área de implantação da primeira fase do projecto, disse em Ndalatando a ministra da Indústria de Angola, Bernarda Gonçalves Martins, citada pela agência noticiosa Angop.

Bernarda Martins, que visitou por algumas horas a província do Cuanza Norte precisamente para tratar de assuntos relativos ao arranque das obras daquele pólo industrial, disse que dentro de dois meses mais de 50 hectares ficarão livres de minas terrestres “condição necessária para o início das obras, nomeadamente de alguns dos edifícios.”

A ministra recordou que durante a elaboração dos planos directores para os pólos industriais, que teve em atenção as características de cada província, ficou decidido que no Cuanza Norte a aposta centra-se na actividade agro-industrial e de produção de materiais de construção.

O parque industrial da província do Cuanza Norte está praticamente todo localizado no município de Cambambe, nele existindo a cervejeira Eka e as fábricas têxtil Satec e de bebidas licorosas Vinelo e Banangola, que estiveram paralisadas durante muitos anos ou ainda o estão.

A Eka foi alvo de obras de modernização entre 2008 a 2009, após o que ultrapassou os níveis de produção registados até 1973, dois anos antes da independência, sendo que a cerveja que produz é comercializada localmente bem como nas províncias de Luanda, Cuanza Sul, Huíla, Malanje e Uíge.

A Satec, paralisada há cerca de 20 anos, está a ser recuperada para voltar a produzir tecidos e vestuário ao abrigo de um projecto que conta com financiamento do Japão.

A Vinelo, além de uma destilaria de álcool e anis, dispunha de uma linha de produção de vinhos a partir da fermentação do ananás, laranja e banana, ananás e laranja em calda e produzia bebidas alcoólicas, concentrado e sumo de tomate, dispondo ainda de uma fábrica de latas.

A Banangol produzia farinha láctea e era suportada pela produção de banana do Mucoso mas, apesar do aumento da produção de banana no país e na província do Cuanza Norte, em particular, a possibilidade do regresso à produção daquela unidade fabril só é possível caso seja feito um investimento de raiz, dado o avançado estado de degradação da infra-estrutura e antiguidade da maquinaria ali existente. (macauhub/AO)

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