A meta estabelecida pelo governo de Angola de atingir uma produção petrolífera de 2 milhões de barris por dia foi adiada por dois anos, de 2015 para 2017, de acordo com declarações do ministro das Finanças, Armando Manuel, em Washington.
O ministro disse ainda à agência financeira Bloomberg que o Orçamento de Estado para 2015 foi elaborado tendo por base o preço do barril de petróleo entre 88 a 92 dólares e adiantou que Angola tem apelado à Organização dos Países Produtores de Petróleo (OPEP) para que adopte medidas no sentido de evitar mais quedas dos preços.
A anterior meta de 2015 havia sido repetidamente afirmada pelo ministro dos Petróleos, José Maria Botelho de Vasconcelos, que argumentava com a entrada em produção de diversos projectos de exploração petrolífera, nomeadamente um do grupo italiano ENI no Bloco 15/06.
O ministro das Finanças disse ainda que embora os preços do petróleo estejam em queda, o início da produção de novos projectos poderá servir de contrapeso e garantir que o crescimento da economia de Angola não será afectada.
“Espero que os preços do barril se mantenham a um nível aceitável que não exponha o país a problemas de maior dimensão”, disse Armando Manuel.
De acordo com estimativas da Bloomberg, a produção petrolífera de Angola situou-se em 1,87 milhões de barris em Setembro último.
Na terça-feira o Banco Nacional de Angola informou que as reservas sobre o exterior caíram de 28,63 mil milhões de dólares em Julho para 27,03 mil milhões de dólares em Agosto.
Segundo maior produtor de petróleo a sul do Saara, Angola obtém 95% das suas reservas sobre o exterior com a exportação de petróleo em ramas. (macauhub/AO)