Os projectos seleccionados para acelerar o processo de diversificação da economia de Angola ao longo dos próximos três anos têm um custo avaliado em 22,7 mil milhões de dólares, disse recentemente em Luanda o ministro da Economia.

Abraão Gourgel, que respondia a perguntas de deputados da 5ª Comissão de Economia e Finanças da Assembleia Nacional, a propósito do debate na especialidade do Orçamento Geral do Estado para 2015, salientou que os investidores privados vão ter de mobilizar recursos no exterior para sustentar aquele montante de investimento.

O ministro disse que o governo identificou, para uma primeira fase, 36 projectos que permitem acelerar o processo de diversificação da economia, com prazos de execução curtos, entre 18 e 24 meses.

“O governo concluiu que a velocidade que estava a ser imprimida ao processo de diversificação da economia não era satisfatória para os objectivos propostos, razão pela qual aprovou uma estratégia de aceleração desse processo”, afirmou, citado pela agência noticiosa Angop.

Para o efeito, recordou, o governo identificou sete agrupamentos (“clusters”), agro-indústria e alimentação, indústria extractiva, cadeia produtiva do petróleo e gás natural, serviços, energia e águas, transportes e logística.

De entre os projectos identificados destacam-se o da Companhia de Bioenergia de Angola (Biocom), pólo industrial da Kizenga, exploração agrícola Pedras Negras, produção de fosfato, exploração de ouro e o grande projecto mineiro-siderúrgico das minas de Cassinga e Cassala Quitungo, assim como os de produção e exportação de ferro.

A esta lista, o ministro adicionou a produção de adubos, baseada na indústria derivada do gás, projectos dos pólos turísticos de Okavango, Cabo Ledo e Calandula e as refinarias do Lobito e Soyo. (Macauhub/AO)