O governo de Cabo Verde e o Banco Mundial (BM) já iniciaram o processo de reestruturação do Fundo de Crescimento e Competitividade (FCC) de forma a dar “melhores respostas” às necessidades das empresas privadas no arquipélago, informou a agência noticiosa pan-africana Panapress, citado fontes empresariais na Praia.
A Câmara de Comércio de Barlavento recordou, em comunicado, que a reestruturação do FCC é uma das 10 propostas apresentadas ao primeiro-ministro José Maria Neves pela Associação dos Jovens Empresários (AJEC) em 2014, com o propósito de melhorar o ambiente de negócios para as micro, pequenas e médias empresas em Cabo Verde.
A AJEC pediu também ao governo a reestruturação do FCC no que respeita aos objectivos, beneficiários, áreas de cobertura, instrumentos de intervenção e modalidade de gestão.
A proposta inclui também a subscrição de participações no Fundo de Capital de Risco para MPME para viabilizar o seu arranque.
O FCC pode financiar várias actividades que “ajudam a empresa a dar um salto”, desde planos de “comercialização” e de negócios a “software”, formação dos colaboradores e certificação de empresas e produtos na área do agro-negócio.
O valor máximo do financiamento para as micro-empresas atinge 500 mil escudos (cerca de 5,2 mil dólares), para pequenas e médias empresas o máximo é de 1 milhão de escudos (10,4 mil dólares) e as empresas agrupadas podem chegar a 2,5 milhões de escudos (cerca de 26 mil dólares).
Este fundo foi concebido especificamente para compensar os problemas colocados aos empresários cabo-verdiano pela estrutura do mercado em que opera, aumentar a competitividade do sector privado e promover o desenvolvimento do sector financeiro.
A gestão do FCC foi atribuída às Câmaras de Comércio de Cabo Verde com base num memorando de entendimento celebrado entre estas instituições representativas da classe empresarial e o governo. (Macauhub/CV)