A Secretaria de Estado das Pescas da Guiné-Bissau lançou uma campanha de sensibilização para proibir o corte de barbatanas de tubarão nos mares do país, anunciou quarta-feira em Bissau o director-geral do Centro de Investigação de Pesca Aplicada (CIPA).
Dizendo ser o corte de barbatanas prática recorrente por parte dos pescadores industriais, Vitorino Nahada adiantou ser o tubarão-raia a espécie mais fustigada “pretendendo nós ver essa situação alterada num curto espaço de tempo.”
“O corte das barbatanas de tubarão é uma prática nociva, pois os pescadores aproveitam apenas as barbatanas e o resto, a carcaça, é deixado no mar, onde o animal acaba por morrer,” afirmou o director-geral do CIPA, citado pela agência noticiosa Lusa.
Vitorino Nahada notou que “há oito anos” que as autoridades pesqueiras têm vindo a executar um projecto de acompanhamento do tubarão-raia na Zona Económica Exclusiva (ZEE) da Guiné-Bissau.
Com o financiamento da Comissão Sub-Regional de Pesca, a Secretaria de Estado das Pescas da Guiné-Bissau iniciou quarta-feira um seminário de sensibilização, que decorre até hoje, quinta-feira, sobre a proibição do corte e desembarque de tubarão sem barbatanas na Guiné-Bissau.
O encontro junta todos os delegados de pesca das nove regiões do país, responsáveis pela captura artesanal e por técnicos do Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP).
A Comissão Sub-Regional de Pesca é um organismo intergovernamental criado em 1985 juntando a Guiné-Bissau, Cabo Verde, Gâmbia, Guiné-Conacri, Mauritânia, Senegal e Serra Leoa. (Macauhub/GW)