Reforma fiscal em Angola permite compensar quebra das receitas petrolíferas

23 January 2015

Os ganhos que resultarem da reforma tributária introduzida este ano em Angola vão compensar as quebras nas receitas petrolíferas que estão a fazer crescer o défice orçamental, afirmou em Luanda o responsável para a área da fiscalidade da Ernst & Young Angola.

Em causa estão alterações de fundo em impostos dos quais se destacam os rendimentos do trabalho, capitais e consumo ou na segurança social, preparadas pelo governo ao longo dos últimos dois anos.

As medidas vão permitir elevar a receita fiscal e entraram em vigor precisamente quando as receitas do petróleo caem a pique, face à descida da cotação internacional do barril de petróleo.

“Num horizonte de médio prazo, e com o desenvolvimento da economia formal e da actividade económica de base angolana, não me admiraria que o Estado angolano atingisse um nível de angariação de receitas não petrolíferas que compense a petrolífera”, disse Carlos Lobo, citado pelo Jornal de Angola.

Este primeiro ano da reforma fiscal vai servir para disciplinar e para obter os dados necessários para num momento futuro reconstruir toda a política fiscal angolana, disse o quadro da Ernst & Young Angola, que acrescentou ir fornecer uma coisa que ainda não havia e que são indicadores efectivos da actividade económica e formal.

A exportação de petróleo rendeu a Angola, em 2014, 27,5 mil milhões de dólares, uma quebra de cinco mil milhões de dólares face a 2013, devido à descida da cotação internacional do barril de petróleo, de acordo com o Ministério das Finanças. (Macauhub/AO)

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