A ministra do Comércio de Angola, Rosa Pacavira, disse sexta-feira em Luanda que há margem para reduzir “ainda mais” as importações de bebidas, sector alvo de quotas já a partir de Março, depois de se reunir com importadores e bancos comerciais.
A medida, precisou a ministra, é para “entrar em vigor a partir de Março” e vai reduzir as importações – entre outros produtos – de bebidas para uma quota de 950 mil hectolitros, face à capacidade instalada no país – suficiente para absorver todo o consumo nacional – e que não está a ser utilizada.
Esta importação representava anualmente um valor próximo de 400 milhões de dólares, mais de metade proveniente de exportações de empresas portuguesas, nomeadamente cerveja.
Em termos de refrigerantes e bebidas, o governo angolano fixou uma quota geral de importação para este ano em termos de águas (150 mil hectolitros), refrigerantes (200 mil), cervejas (400 mil) e sumos (200 mil).
De acordo com a ministra, actualmente já existe um “aumento significativo” da produção nacional, até mesmo com “excedentes”, neste caso além das bebidas também nas hortofrutícolas, que também são alvo de quotas à importação.
A introdução de quotas à importação de produtos com oferta nacional que “assegure mais de 60% do consumo nacional”, está regulamentada pelo decreto executivo conjunto de 23 de Janeiro assinado pelos ministros das Finanças, da Agricultura, das Pescas, da Indústria, do Comércio e dos Transportes, juntamente com o Banco Nacional de Angola. (Macauhub/AO/PT)