Grupo indiano Jindal Africa mantém-se em Moçambique

3 March 2015

A Jindal Africa – Mozambique vai manter-se em actividade em Moçambique, não obstante a queda acentuada do preço do carvão mineral nos mercados internacionais, garantiu o director-geral do grupo Jindal Africa Investments.

O preço da tonelada de carvão mineral caiu de 250 dólares para uma média actual de 100 dólares e diversas empresas mineiras ou já abandonaram as respectivas concessões em Tete, em face dos avultados prejuízos, ou colocaram esses activos à venda.

Citado pela imprensa moçambicana, o director-geral Chandra Singh disse que a subsidiária em Moçambique teve de proceder a uma reestruturação, que incluiu a cessação dos contratos com empresas subconcessionárias, a fim de reduzir os custos operacionais.

Estas afirmações surgem pouco tempo depois de a Coal India Ltd e a Tata Steel, ambas da Índia, terem publicamente anunciado pretenderem desfazer-se das operações que têm em curso em Moçambique na área do carvão.

A Tata Steel vai abster-se de realizar novos investimentos na área do carvão em Moçambique e pretende vender os activos que controla, nomeadamente uma participação de 35% na mina de carvão de Benga, na província de Tete, onde tinha como parceiro o grupo  anglo-australiano Rio Tinto.

A Coal India, que anunciou recentemente o abandono do consórcio estatal criado para procurar carvão no estrangeiro para o consumo interno, deverá anunciar em Setembro a decisão final sobre a saída ou não das suas duas operações em Moçambique, alegadamente pela fraca qualidade do carvão que está a explorar na província de Tete. (Macauhub/MZ)

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