Mais de 15 milhões de pessoas ou 62% da população de Angola residem em centros urbanos, disse terça-feira em Luanda o secretário de Estado para os Assuntos Institucionais, Adão de Almeida.
Os resultados preliminares do mais recente Censo Geral da População e da Habitação revelaram a existência em Angola de 24,3 milhões de habitantes.
O secretário de Estado, que falava no decurso de um encontro sobre gestão de cidades, disse que o fluxo populacional em direcção às principais cidades, no caso de Angola, conheceu dois grandes momentos, sendo o primeiro o decorrente da prolongada guerra civil que teve início a seguir à independência.
“A chegada da paz, em 2002, alterou os fundamentos do primeiro momento mas não determinou a cessação do movimento em direcção aos centros urbanos”, disse Adão de Almeida.
Na sua óptica, as maiores facilidades de acesso aos serviços e equipamentos públicos, bem como as maiores possibilidades de realização financeira foram e continuam a ser os principais motivos da urbanização da população angolana.
Este movimento populacional rumo às cidades fez com que tenham surgido e crescido bairros desordenados, nos quais é muito difícil a instalação de infra-estruturas básicas para o abastecimento de água, o fornecimento de energia eléctrica ou para o saneamento básico. (Macauhub/AO)