Grupo chinês Anbang Insurance com proposta de maior valor à compra do português Novo Banco

4 August 2015

A proposta financeira mais interessante à compra do português Novo Banco será a do grupo segurador chinês Anbang, de 3200 milhões de euros em dinheiro e mais um milhão de euros para recapitalizar a instituição, escreveu o jornal português Público, citando a comunicação social portuguesa.
De qualquer modo, adiantou o jornal, os três candidatos à compra do Novo Banco entregaram ofertas de numerário bastante abaixo dos 4900 milhões aplicados na instituição, o que já levou o Banco de Portugal a pedir propostas melhoradas e a dilatar o prazo para fechar o dossier.

Depois do colapso do Banco Espírito Santo, que culminou no anúncio da intervenção estatal a 3 de Agosto de 2014, o Novo Banco mantém-se na alçada do Banco de Portugal, cujo governador afirmou que o banco passaria para a esfera privada “até final de Julho de 2015.”

As dúvidas que rodeiam a nova instituição, nomeadamente de processos judiciais que se deverão arrastar durante anos, terão contribuído para que na última fase do concurso, que decorreu no final de Julho, o Banco de Portugal tenha devolvido à proveniência as ofertas vinculativas dos três candidatos.

Os chineses do Anbang ( sem actividade em Portugal) e da Fosun (que comprou ao Estado a Fidelidade e ao Novo Banco a Saúde Luz) e o fundo de investimento norte-americano Apollo (que adquiriu ao Novo Banco a Tranquilidade) manifestaram intenções firmes de aquisição longe dos 4900 milhões que permitem ao banco central e ao governo considerar a operação um êxito.

O Estado emprestou ao Fundo de Resolução, fundeado no sector financeiro, 4400 milhões da linha estatal negociada com a comissão tripartida de apoio financeiro a Portugal, tendo o Fundo, gerido pelo Banco de Portugal, colocado no Novo Banco os restantes 500 milhões.

Assim, qualquer proposta abaixo de 4900 milhões traduzir-se-á numa perda a suportar pelo conjunto do sistema, o que afectará o grupo estatal financeiro Caixa Geral de Depósitos com 30% do mercado, e, por essa via, os contribuintes.

Acresce que ao terem de absorver “prejuízos”, os bancos degradam os resultados, o que se reflectirá igualmente em menos receitas para o Estado. (Macauhub/CN/PT)

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