Os grupos chineses que nos últimos anos investiram em Portugal viram a sua capitalização bolsista perder mais de 100 mil milhões de euros desde a mais recente desvalorização do yuan e sequente queda das bolsas, escreveu o jornal português Diário Económico.

A Fosun International, que controla a companhia de seguros Fidelidade, a Luz Saúde e a Redes Energéticas Nacionais, teve o pior desempenho em termos relativos, ao depreciar-se 29,8% na Bolsa de Valores de Hong Kong.

De acordo com as contas efectuadas pelo jornal e depois de ajustado para euros, a Fosun International perdeu 4,9 mil milhões de euros, valendo agora 9,8 mil milhões de euros.

Em termos absolutos, o Banco Industrial e Comercial da China (ICBC) apresenta foi quem perdeu mais, pois apesar da menor perda relativa (-12,15% em moeda local), representa 54 mil milhões dos 105,9 mil milhões de euros varridos da capitalização deste lote de empresas em Agosto, passando a valer 194,3 mil milhões de euros.

Neste período, também a Beijing Enterprises Water (em 2013 adquiriu a Compagnie Général des Eaux Portugal) e o Banco da China registaram perdas acima de 12%.

O Banco da China, que tal como o ICBC tem representação em Portugal, perdeu 37,5 mil milhões de euros e da Beijing Enterprises Water desapareceram cerca de mil milhões de euros.

A Haitong, que acordou a compra do Banco Espírito Santo de Investimento, teve a terceira perda relativa mais significativa, ao recuar 22,61%, caindo 8,7 mil milhões de euros, para 17,9 mil milhões de euros.

Nos 105,9 mil milhões retirados a estas cotadas pelo actual clima económico não entram a Anbang (Novo Banco), a China Three Gorges (EDP) e a State Grid (REN), por não estarem cotadas em bolsa. (Macauhub/CN/PT)