Um sistema de rastreio de qualidade de produtos alimentares provenientes dos membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) vai reduzir a venda de bens em mau estado, anunciou esta semana em Luanda, o inspector-geral do Ministério do Comércio.
Heleno Antunes disse que o sistema, criado no terceiro Fórum das Inspecções Económicas e de Segurança Alimentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa que decorreu em Luanda, permite a reenvio dos produtos que apresentarem qualidade duvidosa para os países de origem.
A ministra do Comércio disse no fórum, realizado sob o lema “Juntos por uma inspecção económica e de segurança alimentar no contexto global”, que através da cooperação no domínio das inspecções, os países da CPLP vão adoptar mecanismos eficazes e sólidos, tendo como foco a formação, especialização, profissionalismo bem como a introdução de um sistema de alerta rápido.
Citada pelo Jornal de Angola, Rosa Pacavira disse acreditar que a cooperação permite fazer um melhor rastreio e acompanhamento minucioso de produtos falsificados ou outros que possam lesar economicamente os Estados membros.
Rosa Pacavira disse reconhecer que Angola ainda tem algumas lacunas em termos de segurança alimentar, o que explica a realização do fórum, que tinha por objectivo discutir medidas para introduzir melhorias nos mecanismos de actuação.
A ministra revelou que as ameaças mais detectadas no mercado angolano prendem-se com as falsificações de marcas, a alteração substancial de determinados produtos, mercadorias com prazo de caducidade ultrapassados, ausência de condições de higiene nos estabelecimentos comerciais, bem como ausência de documentos dos produtos a serem comercializados.
No âmbito da cooperação bilateral e multilateral entre os países membros da CPLP, foi instituído e realizado o primeiro fórum em 2013, em Cabo Verde e o segundo no ano seguinte em Moçambique. (Macauhb/AO/CV/GW/MZ/ST)