O empréstimo de 286 milhões de dólares contraído por Moçambique junto do Fundo Monetário Internacional vai ajudar a estabilizar a economia do país, defendeu quarta-feira em Maputo o governador do Banco de Moçambique.
Ernesto Gove, à margem de uma conferência de balanço da situação económica em 2015, disse que o que está a acontecer “é um choque na balança de pagamentos, que decorre da queda dos preços das matérias-primas.”
“O FMI tem obrigação de olhar para estes aspectos conjunturais, ajudando os países que se encontram em situações similares”, adiantou o governador do banco central moçambicano.
A queda dos preços do gás, em 39%, do carvão (24%), dos minérios extraídos das areias pesadas (18%), do alumínio (6%), do algodão (20%) e do camarão (11%), afectou negativamente as receitas das exportações de Moçambique.
“A situação do mercado internacional não é das melhores para nós, as exportações totais baixaram em 9,3%”, assinalou o governador, acrescentando que o investimento directo estrangeiro também sofreu uma redução de 15,2%, comparado com 2014.
No entanto, Gove faz um balanço positivo de 2015, alertando, no entanto, para o facto de o país estar a consumir mais do que produz, o que cria um “défice estrutural na balança.” (Macauhub/MZ)