Exploração de gás natural em Moçambique tem de avançar mais depressa

5 February 2016

A exploração de gás natural em Moçambique tem de avançar mais depressa pois, caso contrário, perde-se a oportunidade, afirmou o presidente da estatal Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) à agência financeira Bloomberg.

Omar Mitha disse ainda à agência ter estado a debater com o governo de Moçambique ser precisamente esta a altura para “estarmos prontos com todos os contractos, a moldura legal e o processo de realojamento.”

Depois de ter feito a descoberta inicial de gás natural na bacia do Rovuma, no norte de Moçambique, há seis anos, a petrolífera norte-americana Anadarko Petroleum ainda não tomou a Decisão Final de Investimento, o último e definitivo passo para avançar com o projecto que implica um investimento de 15 mil milhões de dólares.

O responsável da Anadarko em Moçambique, John Peffer, que garantiu manter a confiança no projecto apesar da descida do preço das matérias-primas, nomeadamente do petróleo e do gás natural, disse que o projecto da Área 1 necessita, nomeadamente, de aprovação governamental para o realojamento de cerca de 500 pessoas.

O bloco, operado pelo grupo Anadarko Petroleum, tem ainda como parceiros, os grupos estatais indianos Oil and Natural Gas Corp (ONGC), através da ONGC Videsh (16%), Bharat Petroleum Corporation Limited (10%) e Oil India Ltd (4%), o grupo Mitsui do Japão, com 20%, a empresa estatal moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos, com 15% e o grupo da Tailândia PTTEP (8,5%). (Macauhub/MZ)

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