O Brasil acumulou um saldo positivo de 3892 milhões de dólares nas trocas comerciais com a China de Janeiro a Abril, empurrado sobretudo pelas vendas de soja, que cresceram 47,53% em termos homólogos, de acordo com dados oficiais.
Nos primeiros quatro meses do ano as exportações do Brasil para a China atingiram 11 268 milhões de dólares e da China para o Brasil, que registaram uma queda homóloga de 39,30%, ascenderam a 7376 milhões de dólares.
Os números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior indicam que, a manter-se esta tendência, o Brasil deverá registar este ano um saldo recorde nas suas trocas com a China.
O saldo comercial anual mais elevado até à data foi registado em 2011, quando o Brasil registou 11 268 milhões de dólares pelo que, a manter-se a tendência dos primeiros quatro meses, deverá atingir um novo recorde.
Esta realidade tem estado assente na soja, com os produtores brasileiros a terem vendido à China este ano mais de 16 milhões de toneladas, proporcionando uma receita de 5779 milhões de dólares, que compara com 10 milhões de toneladas e uma receita de 3917 milhões de dólares registado no período homólogo de 2015.
Pelo contrário, as vendas à China de minério de ferro e de petróleo registaram quebras, de 19,59% e uma receita de 1480 milhões de dólares (1840 milhões de dólares de Janeiro a Abril de 2015) no primeiro caso e de 26,44% e 979 milhões de dólares (1330 milhões de dólares) no segundo.
As quedas verificadas no minério de ferro e de petróleo foram parcialmente compensadas com o aumento registado nas vendas de carne de frango (256 milhões de dólares) e de carne de vaca (214 milhões de dólares), que pela primeira vez aparece nos dados relativos à exportação com valores significativos. (Macauhub/BR/CN)