A Vale Moçambique suspendeu os envios de carvão através da linha de caminho-de-ferro do Sena depois de na segunda-feira uma composição ter sido alvo de um ataque quando circulava na zona de Inhamitanga, centro de Moçambique, informou em comunicado a subsidiária do grupo brasileiro.

O comunicado não menciona nenhum prazo para o reinício das operações na linha do Sena.

O ataque ocorreu quase um mês depois de a mineira ter retomado a circulação de comboios na linha Moatize-Beira, ao fim de uma paralisação de duas semanas devido à situação de insegurança naquele troço.

A empresa estatal Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), responsável pela linha de transporte e espaço de processamento de carvão mineral, terá perdido nas duas semanas de paralisação, 68 comboios de cargas da vale Moçambique, que lhe teriam proporcionado uma receita significativa.

O embaixador do Brasil em Moçambique, Rodrigo Baena Soares, afirmou estar a seguir o evoluir deste incidente e manifestou “confiança nas instituições moçambicanas para que o trajecto seja feito em condições de segurança.”

O diplomata lembrou que os interesses brasileiros em Moçambique “envolvem investimentos de milhares de milhões de dólares”, em sectores como a extracção mineira, construção civil, bebidas, comunicações e agricultura, e que o país é também o maior beneficiário da cooperação do Brasil em todo o mundo. (Macauhub/BR/MZ)