A produção de conservas de peixe vai ser relançada em Angola com a abertura, em Outubro próximo, de uma fábrica no município do Tômbwa, província do Namibe, em que a empresa PesSul investiu cerca de quatro milhões de dólares, afirmou o responsável da fábrica.
Enrique Flores disse à agência noticiosa Angop que a fábrica deverá iniciar a laboração com uma linha de produção de 200 mil latas de atum por dia e outra para 50 mil latas de carapau, estando estimada uma produção até ao final do ano de três milhões de latas de 120 gramas das espécies pelágicas e nove milhões de unidades de 80 gramas de atum.
O arranque da actividade em Outubro, depois dos testes aos equipamentos e à produção experimental no início do ano, marcará o retorno da produção de latas de conserva a Angola, interrompida há vários anos, cujo agente principal era a empresa Mampesa, situada em Benguela.
O destino da produção é, em princípio, o mercado nacional e, numa fase posterior, com o seu aumento, a exportação.
A indústria conserveira na província do Namibe (outrora Moçâmedes) remonta a 1930, tendo a primeira unidade sido conhecida por Fábrica Africana, que enlatava não só peixe, mas também outros produtos.
Após a independência, em 1975, o subsector reanimou-se no Namibe e em Benguela e, nesta última, havia a fábrica de maior dimensão, a Mampesa. (Macauhub/AO)