Angola assinou com a China, terça-feira em Macau, um acordo de cooperação técnico e económico, visando reforçar as relações bilaterais, no âmbito da realização da 5ª Conferência Ministerial do Fórum para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
O ministro angolano da Economia, Abrahão Gourgel, sublinhou, em declarações à agência noticiosa Angop, a importância deste convénio, dado que a China é um parceiro com o qual Angola tem já um histórico de apoio à reconstrução e ao processo de diversificação da economia.
Abrahão Gourgel disse ainda que o acordo assinado vai facilitar o processo de investimento das empresas privadas chinesas em Angola, indo permitir o estabelecimento de parcerias entre empresas privadas chinesas e empresas angolanas, bem como o aprofundamento das acções ao nível das empresas públicas, programas de desenvolvimento e apoio financiamento.
O ministro recordou a realização em Novembro próximo em Luanda de um fórum económico com empresas chinesas e angolanas, pelo que “vamos assim iniciar um novo momento que é do investimento privado chinês em Angola”, disse.
Com a realização deste fórum em Luanda, Gourgel disse que o governo pretende nessa ocasião assinar também o acordo de promoção e protecção recíproca de investimentos.
Associado a esse instrumento, disse ser pretensão do Governo angolano rubricar o acordo para evitar a dupla tributação, mas tudo dependerá do evoluir das negociações e acrescentou “gostaríamos de assinar estes dois instrumentos no encontro em Luanda.”
A 5.ª Conferência Ministerial do Fórum para Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, denominado Fórum de Macau, foi aberta pelo primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, que anunciou 18 novas medidas para o reforço da cooperação com os países de língua portuguesa.
De entre essas medidas o destaque vai para a concessão de 300 milhões de dólares em empréstimos em condições preferenciais, outros 300 milhões de dólares em doações e o perdão de parte da dívida vencida decorrente de empréstimos sem juros no montante de 75 milhões de dólares. (Macauhub)