A economia de Macau registou um crescimento homólogo de 4,0% em termos reais no terceiro trimestre de 2016, a primeira vez nos últimos dois anos em que se verifica um crescimento trimestral, informaram os Serviços de Estatística e Censos.
O crescimento verificado ficou a dever-se ao aumento verificado nos valores das exportações de serviços e do investimento, nomeadamente com as exportações de serviços do jogo e as de outros serviços turísticos a aumentarem, em termos anuais, 0,2% e 6,5%, respectivamente, depois de no segundo trimestre terem registado contracções de 9,9% e 6,0%.
O deflactor implícito do Produto Interno Bruto (que mede a inflação global) registou um aumento marginal de 0,2% em termos anuais no terceiro trimestre, ainda de acordo com a informação daqueles serviços.
O consumo privado cresceu, com um acréscimo homólogo de 0,3%, que pôs fim à tendência decrescente dos primeiros dois trimestres devido ao panorama favorável do mercado de emprego e ao alívio da pressão resultante da inflação.
No entanto, a despesa em bens duradouros manteve-se fraca, reflectindo o comportamento cauteloso dos agregados familiares em relação às despesas não essenciais.
A despesa de consumo final do governo diminuiu, com uma contracção de 1,3%, em termos anuais, sendo esta percentagem inferior à do segundo trimestre (+6,1%).
A formação bruta de capital fixo, que reflecte o investimento, registou um crescimento homólogo de 2,3%, favorável face à situação do segundo trimestre (-20,0%), reflectindo essencialmente o investimento privado, com acréscimos de 1,3% na construção e de 11,2% do investimento em equipamento.
Nos primeiros três trimestres de 2016 a economia de Macau contraiu-se 5,4%, em termos reais, com descidas de 1,6% na despesa de consumo privado, 18,1% no investimento, 22,0% nas exportações de bens, 15,4% nas importações de bens, 5,8% nas exportações de serviços e 1,0% nas importações de serviços, realçando-se as contracções de 8,7% nas exportações do jogo e de 2,6% nas exportações de outros serviços turísticos.
Em contrapartida, registou-se um aumento de 1,6% na despesa de consumo final do governo, o único principal componente das despesas que registou crescimento.
Foram revistos os valores do crescimento económico dos anos de 2014 e 2015, tendo as quebras anunciadas (-0,9% e -20,3%) sido actualizadas para -1,2% e -21,5%.
Relativamente à revisão do crescimento económico nos primeiro e segundo trimestres de 2016, os respectivos valores melhoraram de -13,3% e -7,1% para -12,4% e -7,0%. (Macauhub)