Pessoas colectivas ou singulares não-residentes poderão, a curto prazo, investir no mercado de capitais de Angola, anunciou quarta-feira em Luanda a presidente da Comissão do Mercado de Capitais (CMC), Vera Daves, à margem do V Encontro Anual de Quadros da instituição.
Vera Daves, citada pela imprensa angolana, adiantou que uma estratégia nesse sentido está a ser concertada entre a Comissão de Mercados de Capitais, o Banco Nacional de Angola (BNA) e a Agência Angolana de Regulação e Supervisão de Seguros (ARSEG).
A presidente da CMC disse ainda que o Banco Nacional de Angola irá publicar um aviso com as condições e limites para que investidores não-residentes possam também aplicar capitais no mercado financeiro angolano.
Vera Daves anunciou, por outro lado, ter elaborado dois programas tendo em vista tornar o mercado de acções uma realidade, um dos quais destinados às empresas de maiores dimensões, a fim de as preparar para poderem ter as acções representativas do capital social admitidas à cotação, destinando-se o segundo às pequenas e médias empresas.
Ao encerrar o encontro, quinta-feira, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, reconheceu que o mercado de capitais, embora seja já uma realidade em Angola, está ainda muito aquém do “grande objectivo que esteve na base da sua criação, que foi ser um canal alternativo para financiar o desenvolvimento da economia angolana.”
O ministro salientou que a existência de uma supervisão efectiva é condição obrigatória para gerar a confiança nos mercados, especialmente a confiança dos investidores institucionais e dos fundos internacionais que gerem capitais.
Nesse sentido, disse que a CMC terá de desenvolver as acções necessárias que garantam o preenchimento integral dos requisitos para o pleno reconhecimento pelos pares internacionais, particularmente no quadro da OICV/IOSCO, a Organização Internacional das Comissões de Valores. (Macauhub)