As ordens de saque ou de pagamento que ficaram por pagar nos anos de 2014 e de 2016 vão ser regularizadas nos termos de uma estratégia quinta-feira aprovada em Luanda pela equipa económica do governo de Angola.
O secretário de Estado do Tesouro, Mário Ferreira do Nascimento, disse no final da reunião conjunta da Comissão Económica e da Comissão para a Economia Real do Conselho de Ministros que a estratégia, que se destina a validar as ordens de saque que por dificuldades de tesouraria não foram pagas, dá prioridade aos sectores social (educação e saúde) e das infra-estruturas, onde estão incluídos projectos em execução no quadro do Programa de Investimento Público (PIP).
Entre os beneficiários prioritários da regularização dos atrasados estão as pequenas empresas e os particulares, que têm ordens de pagamento emitidas em 2014 e em 2016 e que na sequência das referidas dificuldades de tesouraria não foram liquidadas.
O secretário de Estado adiantou que esta medida começa a ser executada ainda este mês (Fevereiro) e irá, em última análise, dar maior liquidez às empresas e, “desta forma permitir que mantenham os seus investimentos.”
A regularização das dívidas em atraso tem uma componente em dinheiro e outra em títulos, “decisão tornada necessária para por um lado dar liquidez às empresas mas pelo outro combater o aumento dos preços.”
Mário Ferreira do Nascimento garantiu, no entanto, que as pequenas empresas e os particulares não serão abrangidos pelo pagamento em dinheiro e em títulos do Tesouro.
O secretário de Estado adiantou que as dívidas acima de 500 milhões de kwanzas (3 milhões de dólares) serão pagas 30% em dinheiro e o restante em títulos, sendo que todas as outras ficam de fora deste esquema. (Macauhub)