O Banco de Desenvolvimento da China (BDC) vai continuar a apoiar financeiramente Angola, “contribuindo desta forma para o processo de desenvolvimento sócio-económico do país”, garantiu terça-feira em Luanda o presidente executivo da instituição.
Zheng Zhijie visitou terça-feira, em Luanda, um conjunto de obras financiadas pela instituição bancária, tendo o primeiro projecto visitado pela delegação do BDC sido o Centro de Distribuição de Água do Marçal, em fase de recuperação e ampliação, empreitada que tem um custo de 68,5 milhões de dólares.
O Banco de Desenvolvimento da China financia, em Angola, um total de 35 projectos que estão em execução, num valor total 1,5 mil milhões de dólares, de acordo com o ministro das Finanças, Archer Mangueira, que acrescentou deverem entrar em execução até ao final do mês mais 25 projectos.
Archer Mangueira, que se reuniu com a delegação do BDC segunda-feira depois de Zheng Zhijie ter sido recebido em audiência pelo Presidente de Angola, adiantou que o financiamento concedido pelo Banco de Desenvolvimento da China representa 46% do total dos créditos concedidos pelos bancos da China a Angola.
Um comunicado divulgado pelo Ministério das Finanças salienta que o BDC tem sido um dos principais veículos da cooperação financeira entre Angola e a China, tendo financiado a construção e/ou reconstrução de diversas infra-estruturas, com realce para o Caminho-de-Ferro de Moçâmedes e a construção do Sambizanga (antigo mercado Roque Santeiro).
Da lista de obras financiadas pela instituição constam, entre outras, a construção da estrada Boavista/Miramar/São Paulo, a electrificação e ligações domiciliares em Luanda, bem como a edificação das vias de acesso ao novo Aeroporto de Luanda.
O ministro das Finanças disse que o encontro com a delegação chinesa serviu para avaliar o estado das empreitadas em curso financiadas pela instituição bancária bem como os projectos aprovados recentemente e estabelecer a entrada em vigor de programas em fase de avaliação junto do banco.
Archer Mangueira informou que as formas de pagamento do empréstimo do Banco de Desenvolvimento da China estão estabelecidas no acordo-quadro de financiamentos complementares, que são executados em contrapartida ao petróleo angolano, não especificamente para este banco, mas para o acordo geral estabelecido com a República Popular da China.
Esta foi a primeira visita do presidente do Banco de Desenvolvimento da China a Angola após a concessão do empréstimo de 2,5 mil milhões de dólares, que se prevê venha a repetir-se com relativa frequência, de acordo com a agência noticiosa Angop, na sequência das visitas efectuadas por membros do governo angolano, em Outubro e Novembro de 2016, à República Popular da China. (Macauhub)