O grupo chinês HNA vai entrar no consórcio RioGaleão que gere o aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, actualmente denominado António Carlos Jobim, confirmou recentemente o ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência do Brasil, Moreira Franco.
O ministro-chefe, contactado pela imprensa brasileira para comentar os resultados do leilão de linhas de transmissão de energia realizado segunda-feira em São Paulo, disse que o conglomerado chinês chegou a acordo para adquirir a participação de 60% detida pelo grupo brasileiro Odebrecht.
O grupo Odebrecht e a Changi Airports International Pte Ltd de Singapura detinham 51% da concessão do aeroporto do Galeão, estando os restantes 49% nas mãos da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), criada em 1972 para operar os principais aeroportos comerciais do país.
A concessionária do aeroporto do Galeão é de entre todas as que gerem aeroportos comerciais no Brasil a que tem a maior dívida em atraso, no montante de 794 milhões de reais.
O ministro recordou que o consórcio pagou a renda relativa a 2016, de 919 milhões de reais na semana passada, altura em que anunciou que iria desembolsar a curto prazo 4,5 mil milhões de reais pata pagar as rendas relativas a 2017, 2018, 2019 e parte da de 2020.
O grupo brasileiro de construção civil está envolvido num dos maiores escândalos de corrupção alguma vez registados no país, designado por Lava Jacto, estando a enfrentar grandes dificuldades na obtenção de financiamento.
O grupo HNA é um conglomerado com sede na ilha de Hainão que opera nos sectores de aviação, indústria, turismo, logística e financeiro e que se tornou accionista da companhia Azul – Linhas Aéreas Brasileiras ao ter pago 1,7 mil milhões de reais por uma participação de 23,7%. (Macauhub)