O ex-ministro dos negócios estrangeiros da China Li Zhaoxing disse em Macau que a iniciativa “Faixa e Rota” está a abrir caminho para que a Região Administrativa Especial de Macau tenha um desenvolvimento futuro ainda mais próspero e apelou para que o território aproveite esta oportunidade proporcionada pela China.
Li, que é presidente honorário do Instituto de Negócios Estrangeiros do Povo Chinês e presidente da Associação da Diplomacia Pública da China (CPDA), falava quinta-feira durante a cerimónia de abertura da Conferência Internacional da “Faixa e Rota” e o Desenvolvimento de Macau.
Li Zhaoxing, ministro dos negócios estrangeiros da China de 2003 a 2007, posteriormente representante da China nas Nações Unidas e mais tarde embaixador nos Estados Unidos e actualmente professor na Universidade de Pequim, onde se formou, lembrou que o governo central da China apoia Macau e defendeu que o território deve aproveitar a “Faixa e Rota” para se desenvolver ainda mais.
“A Faixa e Rota” é não só um grande plano de desenvolvimento da China mas também uma oportunidade importante para Macau, disse Li.
O Chefe do Executivo de Macau, Chui Sai On, disse na abertura da conferência que a “Faixa e Rota” visa explorar novos modelos de cooperação internacional, e também traçar novos caminhos para a paz, o desenvolvimento e a prosperidade do mundo.
Chui garantiu que Macau vai aproveitar a “Faixa e Rota” para revitalizar o desenvolvimento sustentável da economia e da sociedade do território, aumentando o bem-estar da população e abrindo o caminho para a sua participação na iniciativa da China.
O Chefe do Executivo lembrou ainda que a estabilidade económica, a melhoria da qualidade de vida da população, a harmonia social e o aprofundamento da cooperação regional e do intercâmbio internacional permitem a Macau participar e apoiar a estratégia de desenvolvimento nacional da “Faixa e Rota.”
Chi lembrou igualmente que uma das vantagens de Macau e da sua participação na “Faixa e Rota” é o facto de que o território que Macau foi um importante entreposto na rota marítima da seda e mantém ligações históricas duradouras com os países situados ao longo da rota.
“O desenvolvimento socioeconómico de Macau é um retrato, rico e pormenorizado, que ilustra as trocas comerciais, o intercâmbio cultural e o entendimento dos povos entre o Oriente e o Ocidente. E são estas as vantagens singulares de Macau e a riqueza preciosa da sua sociedade.” disse.
O presidente do Conselho Estratégico Internacional da Mota-Engil para a América Latina e África, ex-vice-primeiro-ministro e ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Paulo Portas, disse que Macau pode e deve ser uma plataforma dinâmica de internacionalização da China.
“O facto de Portugal ter uma parceria estratégica com a China permite às empresas chinesas investir, através desta plataforma, nos países de língua portuguesa e conquistar mais mercados em África e na América Latina”, disse.
A conferência organizada por instituições de Macau tem por tema a discussão de assuntos relacionados com a participação de Macau na “Faixa e Rota” juntamente com Guangdong, Fujian e os países de língua portuguesa e a criação da Grande Área da Baía Guangdong-Hong Kong- Macau.
Participam na conferência, que termina sábado, mais de 300 altos funcionários, académicos e empresários do Brasil, China, Portugal, Tailândia e Macau. (Macauhub)