O centro de dados que a empresa Angola Cables começou a construir em Fortaleza, Estado brasileiro do Ceará, deverá entrar em funcionamento no primeiro trimestre de 2018, afirmou o presidente executivo António Nunes.

Este centro, onde a empresa irá investir 72 milhões de reais (22,1 milhões de dólares), ficará ligado à estação de recepção dos cabos submarinos SACS e Monet, estando previsto que este último comece a funcionar no final do ano e o SACS apenas no final de 2018.

António Nunes, ao lançar segunda-feira a primeira pedra do edifício, disse que o centro de dados disporá de uma área de 3000 metros quadrados apenas para os equipamentos de tecnologias de informação e acrescentou que o mesmo irá servir para o desenvolvimento de uma economia digital em toda a região do Nordeste brasileiro e, através de Fortaleza, estabelecer ligações internacionais.”

O governador do Ceará, Camilo Santana, disse que o edifício a ser construído irá albergar um dos maiores centros de dados da América Latina, com ligações à Europa, África e América do Norte, “não tendo dúvidas de que vai abrir as portas de Fortaleza para o mundo.”

O projecto global com estações de recepção e cabos submarinos tem um custo estimado em 300 milhões de dólares, tendo o financiamento sido garantido pelo governo de Angola e disponibilizado pelo Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA).

O SACS (Sistema de Cabos do Atlântico Sul) é um cabo submarino transatlântico, de 40 terabits por segundo (Tbps), que liga África ao Brasil (Luanda a Fortaleza), sendo o Monet um cabo submarino de 24 Tbps que liga o Brasil aos Estados Unidos (Santos, Fortaleza e Miami). (Macauhub)