A nova Empresa Gestora de Terrenos Infra-estruturados (EGTI) de Angola, uma espécie de “imobiliária” do Estado, vai ser financiada em 1240 milhões de kwanzas (7,4 milhões de dólares) com a emissão de Obrigações de Tesouro em moeda nacional, nos termos de um decreto presidencial.
O decreto presidencial que autoriza o ministro das Finanças, Archer Mangueira, a proceder à emissão, através do Banco Nacional de Angola, adianta que o financiamento vai permitir à EGTI “executar em pleno os objectivos para os quais foi criada.”
O governo angolano justificou a criação da EGTI, em Março de 2015, com a necessidade de executar um processo “mais racional e económico de urbanização” do país, de acordo com o despacho presidencial de criação da empresa, então com um capital social inicial de 2000 milhões de kwanzas.
A agência noticiosa Lusa escreveu em Março passado que a EGTI previa vir a facturar mais de 770 milhões de dólares apenas com a venda de terrenos em duas cidades construídas de raiz na província de Luanda, concretamente 974 lotes de terreno infra-estruturado nas novas cidades do Kilamba e do Camama.
A EGTI já recebeu em Março, do Estado, a gestão dos terrenos infra-estruturados da cidade do Sequele, também em Luanda e mais 20 empreendimentos imobiliários em vários pontos do país, bem como de uma extensa área de elevado potencial imobiliário na zona do Sambizanga, centro da capital angolana. (Macauhub)