A economia de Moçambique registou um crescimento de 3,0% no primeiro semestre, o que permite antecipar que a previsão de 5,5% inscrita no Plano Económico e Social (PES) para 2017 venha a ser cumprida, disse a porta-voz do Conselho de Ministros, no final da reunião terça-feira realizada em Maputo.

Ana Comoana, igualmente vice-ministra da Cultura e Turismo, disse ainda que a execução do Orçamento de Estado nos primeiros seis meses do ano situa-se em 45,7% do valor para todo o ano, que contempla despesas no montante de 272,3 mil milhões de meticais (4399 milhões de dólares).

O Plano Económico e Social é o instrumento de programação e gestão da actividade económica e social que orienta a acção do governo, enquanto o Orçamento de Esrado representa a expressão financeira do PES, de acordo com a agência noticiosa AIM.

A porta-voz adiantou terem contribuído para o valor alcançado para o crescimento da economia factores como a desaceleração da taxa de inflação, a valorização do metical, bem como o aumento das reservas internacionais líquidas, actualmente calculadas em cinco meses de importação de bens e serviços, excluindo os grandes projectos.

Na avaliação que fez na reunião de terça-feira, o Conselho de Ministros moçambicano apurou que o Estado cobrou 45% da receita prevista para o primeiro semestre e executou despesas na ordem de 40%.

Na mesma reunião, o governo aprovou uma revisão do regulamento da Lei Cambial, que confere ao Banco de Moçambique plenos poderes para regulamentar questões cambiais e aplicar o que está previsto naquela lei.

Ana Comoana precisou que aquilo que o Conselho de Ministros fez, com a revisão aprovada, foi passar todos os poderes normativos no que respeito ao controlo cambial para o Banco de Moçambique. (Macauhub)