As empresas da China investiram no Brasil nos 30 meses terminados em Junho passado 60 mil milhões de reais (19 mil milhões de dólares), tendo-se tornado nos maiores investidores estrangeiros em fusões e aquisições, ultrapassando os Estados Unidos da América, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo.
Em 2016, os chineses aplicaram 23,96 mil milhões de reais na compra de activos no Brasil, quase o dobro dos 13,4 mil milhões de reais investidos pelos norte-americanos, tendência que se repetiu no primeiro semestre de 2017, com 17,8 mil milhões de reais aplicados pelos chineses e 12,3 mil milhões de reais pelos norte-americanos.
Um responsável do banco BTG Pactual afirmou ao jornal que a aplicação de capitais por parte das empresas chinesas em 2017 será “tão ou mais intensa do que em 2016”, tendo acrescentado não indicar uma diminuição do seu interesse em fusões e aquisições no Brasil.
O director da área de banca de investimento do Itaú BBA, Roderick Greenlees, disse que o banco está este ano a ter mais consultas por parte de investidores chineses do que em 2016 e o vice-presidente do Santander, Jean Pierre Dupui, disse que o banco está a apoiar seis grandes negociações que envolvem chineses, enquanto em 2016 foram duas.
“Trata-se de negócios que deverão acontecer nos sectores dos alimentos e bebidas, matérias-primas e imobiliário”, disse ainda o vice-presidente do Santander ao Estado de São Paulo.
O presidente da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-China, Charles Tang, adiantou que os chineses pretendem crescer nos sectores financeiro, de saneamento e ainda mais no energético.
“O Brasil é um importante parceiro porque fornece produtos estratégicos, como minérios e alimentos, para a China garantir o seu crescimento sustentável”, acrescentou Charles Tang. (Macauhub)