Empresários do Brasil interessados na realização de negócios em Angola reúnem-se hoje em São Paulo para a sessão de lançamento do lançamento do Programa de Negócios Brasil x Angola, que inclui um painel e diversas palestras, noticiou a imprensa brasileira.
As organizadoras do programa salientaram na proposta de inscrição que Angola é um país com um crescimento económico consistente que fica localizado numa das regiões mais dinâmicas da economia mundial e que tem grande potencial de absorção de bens industriais.
As empresárias Patrícia Duarte e Kátia Teixeira recordaram que Angola é já um dos três principais destinos das exportações brasileiras no continente africano e adiantaram ter chegado a hora de aumentar ainda mais esse relacionamento, nomeadamente na construção de infra-estruturas e na venda de bens industriais e alimentares e de produtos como cosméticos e vestuário.
Os dados mais recentes do comércio entre Angola e o Brasil, relativos a 2015, indicam que nesse ano o seu valor caiu para 680 milhões de dólares, contra 2400 milhões no ano anterior.
O Jornal de Angola escreveu ainda que as trocas comerciais entre os dois países cifraram-se em 1440 milhões de dólares, 1510 milhões, 1200 milhões e 2000 milhões de dólares em 2010, 2011, 2012 e 2013, respectivamente.
Entre 2002 e 2008, as trocas comerciais aumentaram mais de 20 vezes, passando de 211 milhões de dólares para 4,2 mil milhões, o que fez de Angola um dos principais parceiros do Brasil em África.
Angola assinou com o Brasil acordos de parceria estratégica assinados em 2014, que contemplam, além do apoio prestado pelo governo federal brasileiro, o envolvimento de empresas privadas brasileiras, casos da Petrobras e das empresas de construção civil Odebrecht, que chegou a ser a maior empresa privada de Angola, Camargo Correia, Queiróz Galvão e Andrade Gutierrez. (Macauhub)