O governo de Angola deverá, a curto prazo, retirar a concessão de terras aos proprietários agrícolas que não as explorem, disse quarta-feira, na província do Huambo, o Presidente da República, João Lourenço.
Tal decisão visa, de acordo com o Presidente, proceder à redistribuição de terras e permitir que esse activo seja um factor impulsionador da diversificação da economia do país.
João Lourenço, que procedia à cerimónia de abertura da campanha agrícola 2017/18, realizada no município do Cachiungo, considerou fundamental que se trabalhe a terra e dela se retire o máximo rendimento e reprovou a atitude dos produtores que têm concessão de terras e que as deixam inactivas.
O Presidente angolano aproveitou a ocasião para anunciar a reactivação do comerciante da aldeia, agente que terá a responsabilidade de comprar a produção local e as comercializar nos centros de consumo.
“Com essa aposta, disse, o país pretende igualmente reduzir o índice de desemprego, fundamentalmente para os ex-militares e desmobilizados.”
O director provincial da Agricultura e Florestas, António Teixeira, informou que a província tem 7500 hectares disponíveis para o ano agrícola 2017/2018 para o cultivo de milho, batata e soja em grande escala, estando prevista uma colheita de cinco mil toneladas de milho e 32 toneladas de batata-reno.
A terra em Angola é propriedade do Estado, sendo a sua exploração autorizada através de um título de concessão válido por um certo período de tempo. (Macauhub)