O recomeço da ajuda financeira a Moçambique depende da clarificação por parte do governo do destino dado aos fundos obtidos com os empréstimos contraídos junto dos bancos Credit Suisse e VTB da Rússia, afirmou em Washington o director da divisão África do Fundo Monetário Internacional.
Abebe Aemro Selassie, citado pela Voz da América, afirmou que a instituição não prevê que seja possível alcançar um acordo para a retomar a ajuda financeira a Moçambique em 2018.
“Não há conversações sobre o programa de ajuda antes da satisfação das lacunas de informação identificadas pelos auditores”, disse o quadro do FMI, que recordou continuar-se à espera que a Procuradoria-Geral da República de Moçambique divulgue o texto completo do relatório de auditoria efectuado pela Kroll Associates UK e que foi pago pela Suécia.
Entre os pontos críticos das exigências, constam a clarificação do destino dado a 500 milhões de dólares e a divulgação dos nomes dos funcionários governamentais citados no relatório de auditoria.
A posição agora apresentada pelo FMI poderá representar um duro golpe ao ministro moçambicano da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, que terá manifestado a esperança de sair de Washington com o bloqueio do FMI resolvido.
Sobre o encontro com a delegação liderada pelo ministro moçambicano, Selassie disse que “o diálogo foi útil, com informação melhorada sobre a situação macro-económica sobre a adopção de reformas fiscais.” (Macauhub)