Empresas chinesas confirmaram quatro projectos de investimento no Brasil no montante de 3183 milhões de dólares nos meses de Agosto e Setembro e anunciaram mais sete projectos no valor de 6323 milhões de dólares, informou o Ministério do Planeamento, Desenvolvimento e Gestão do Brasil.
Os projectos confirmados são, de acordo com o Boletim Bimestral sobre Investimentos Chineses no Brasil, os relativos à hidroeléctrica de São Simão, Terminal de Contentores no porto de Paranaguá e dois relacionados com a exploração petrolífera.
No primeiro caso a empresa State Power Investment Corporation – Pacific Hydro adquiriu o direito de exploração daquele aproveitamento hidroeléctrico, no segundo a estatal chinesa CMPort comprou 90% das acções representativas do capital social daquele terminal e nos dois últimos a estatal chinesa China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) e a empresa privada Tek Oil and Gas arremataram duas áreas para exploração petrolífera no Recôncavo Baiano e no Espírito Santo.
O mesmo boletim adianta que os investimentos chineses no Brasil confirmados e anunciados entre 2003 e Setembro de 2017 ascenderam a um total de 247, com um investimento conjunto de 117 181 milhões de dólares, sendo que 91 foram confirmados e representaram um investimento de 50 046 milhões de dólares.
A maior parte dos investimentos chineses neste período foi oriunda de empresas estatais, sendo que grandes grupos como o Wuhan Iron and Steel Group (Wisco), China Three Gorges, China Petroleum & Chemical Corporation (Sinopec) e China State Grid foram responsáveis pela maior parte dos capitais investidos.
O boletim do Ministério do Planeamento, Desenvolvimento e Gestão do Brasil adianta que os sectores da energia e minas concentraram mais de 85% dos investimentos confirmados, tendo o sector automóvel sido aquele que reuniu maior número de projectos, com um total de 18.
Neste sector, que é aquele em que maior número de projectos foi anunciado, com um total de 39, encontram-se empresas como a Chery, IAC Motors, Lifan e Effa.
O boletim ministerial acrescenta que entre os projectos confirmados 51 são privados, envolvendo empresas ou grupos como a Huawei, Midea, Banco de Construção da China e BYD Auto. (Macauhub)