A Sociedade Nacional de Combustíveis de Angola e o grupo Total vão colaborar no “relançamento da indústria petrolífera, tanto a jusante como a montante”, ao abrigo de vários acordos de parceria segunda-feira assinados em Luanda entre a concessionária angolana e a transnacional francesa.
A agência noticiosa escreveu que com base nestes acordos será iniciado o processo para o começo da exploração do Bloco 48, em águas ultra-profundas, seis anos depois de terem ficado concluídos os últimos blocos que Angola licitou para exploração.
“Há seis anos que trabalhamos com os mesmos blocos, não tendo havido prospecção, pelo que lançar essa actividade é extremamente importante”, disse o presidente da estatal, Carlos Saturnino, no final da sessão de assinatura dos acordos com o presidente executivo do grupo Total, Patrick Pauyowné.
Das actividades a realizar a montante do bloco 17 consta o desenvolvimento e o início da produção de alguns activos que já foram identificados e descobertos há alguns anos, sendo que a jusante será criada uma empresa em regime de parceria em partes iguais para operar na distribuição de produtos refinados, com a possibilidade de participar também na importação de produtos refinados, quando o mercado estiver liberalizado.
Patrick Pauyowné referiu que a indústria petrolífera tem “sofrido imenso com o baixo preço das ramas” mas adiantou que, com o preço actualmente um pouco acima dos 60 dólares por barril, existe uma oportunidade para um novo impulso na indústria, particularmente em Angola.
O grupo Total está presente em Angola desde 1952/53 quando recebeu a primeira concessão, tendo uma produção estimada de 600 mil barris/dia, facto que lhe confere o estatuto de líder do mercado.
O grupo é o operador do Bloco 32, com uma participação de 30%, com parceria da Sonangol P&P (30%), enquanto no Bloco 17 detém uma participação de 40%, dispondo de quatro FPSO (unidades flutuantes de produção, armazenamento e descarga de petróleo) e 1700 trabalhadores. (Macauhub)