O português Banco BPI, controlado em 84,51% pelo CaixaBank de Espanha, quer reduzir a participação que controla no Banco de Fomento Angola (BFA), de 48,1%, podendo essa redução ocorrer numa eventual operação em bolsa, disse terça-feira em Lisboa o presidente da comissão executiva do banco, o espanhol Pablo Forero.
O presidente da comissão executiva, citado pela imprensa portuguesa, adiantou haver uma recomendação do Banco Central Europeu para reduzir a participação que o BPI detém no BFA, em que a instituição europeia não avança com números exactos, “dizendo apenas que tem de ser inferior a 48%.”
Pablo Forero disse ainda que caso tenha lugar uma Oferta Pública de Venda de acções do BFA para a entrada de mais accionistas, conforme sugerido pela empresária Isabel dos Santos, “vemos com interesse a possibilidade de vender parte das nossas acções nessa operação.”
O BFA é controlado desde o início de 2017 pela Unitel, a maior operadora de telecomunicações de Angola, onde Isabel dos Santos tem 25% do capital, quando o BPI cumpriu uma exigência do BCE e reduziu a operação em Angola, através da venda de 2% da sua participação à Unitel (por 28 milhões de euros).
A redução da participação no BFA teve como resultado uma alteração da contabilização dos resultados do BFA, com impactos negativos de 212 milhões de euros em 2017, que fez com que o BPI tenha tido um resultado positivo consolidado de 10,2 milhões de euros em 2017. (Macauhub)