O governo anda à procura de soluções para reabrir a Textáfrica do Chimoio, empresa têxtil que fechou as portas há mais de 25 anos empurrando mais de três mil trabalhadores para o desemprego, anunciou o primeiro-ministro de Moçambique, no decurso de uma visita à província de Manica.
Carlos Agostinho do Rosário disse ter-se deslocado às instalações daquela empresa por indicação do Presidente da República, a fim de se reunir com o governo provincial, gestores e outros intervenientes no processo, “para compreendermos a situação e tomar as medidas que se afigurarem pertinentes com vista a reanimar o monstro adormecido, no sentido de que venha a laborar e dar emprego.”
A reunião, que incluiu o Instituto de Gestão de Participações do Estado (Igepe), “assinala o início de um processo que vai permitir ver qual é a solução a adoptar para fazer com que a fábrica retoma a laboração”, disse ainda o primeiro-ministro, citado pelo matutino Notícias, de Maputo.
A Textáfrica fechou as portas há mais de 25 anos e, para garantir o processo de liquidação da empresa e o pagamento da indemnização aos trabalhadores, a administração recorreu ao Millenium bim, que concedeu um empréstimo no valor de 1,1 milhões de dólares, tendo como garantia as casas da empresa localizadas nos bairros A e B da cidade do Chimoio.
O banco ameaçou há dias despejar os trabalhadores e vender as casas e um outro activo patrimonial da empresa como forma de reaver o empréstimo, tendo sido na sequência desta ameaça que o governo decidiu intervir a fim de encontrar uma solução negociada que possa garantir que o banco não perca os valores e a empresa volte a funcionar. (Macauhub)